sexta-feira, 11 de outubro de 2013

MENSAGEM AO PREFEITO RIVELINO BUENO EXPONDO IMPRESSÕES SOBRE PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS






Ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal Rivelino Bueno
Do Vereador Marcelo Carreiro.
Assunto: Relatório de Estudos dos Projetos de Lei 19/2013 e 20/2013.





Excelência, conforme análise dos projetos em epígrafe, com o objetivo de contribuir para o debate e aperfeiçoamento das políticas públicas, em especial para o desenvolvimento funcional dos servidores e empregados municipais abrangidos pelos Projetos em comento, aliado ao fato de que tais inovações jurídicas afetam não só a vida funcional dos atores do processo, mas também a disposição ao exercício de suas funções com aptidão, concentração, dedicação e visando contribuir para uma sociedade que busca desenvolvimento, não só econômico, mas sociocultural e o estreitamento das relações sociais saudáveis, uma política de constante melhorias ao serviço (quiçá, aos servidores) trazem ao convívio social harmonia e sensação de que o Estado, representado pelo Município, trata da Causa Funcional como um dos nortes da Gestão 2013/2016.

 Entendemos que todas as manifestações que ensejem um aperfeiçoamento do sistema gerencial, compreendendo todas as suas nuanças, onde os servidores são parte indispensável, pois a Administração Pública tem o condão de ser o conjunto de  pessoas que as compõe, em sua primazia. Sem a satisfação dos interesses dos servidores, estes não exercem com afinco suas funções, sentindo-se menosprezados por uma política funcional retrógrada, pois em tempos nem tão ancestrais assim prezou-se pela valorização do homem, do objeto e do método, em detrimento da inserção de mecanismos administrativos e funcionais onde o norte são as pessoas, os grupos funcionais, seus anseios, suas lutas, seus ideais.

É momento de voltar nossos olhos ao amanhã, onde seremos todos substituídos por agentes políticos de índole incerta, sabe-se Deus compromissados com a Moralidade Administrativa, Legalidade e Impessoalidade fundamentais ao exercício de cargos e funções públicas e administrativas, e estaremos na condição de administrados, como seres sociais que somos, concomitantemente inseridos nesse contexto. Conduzidos por pessoas, não por governos; por cidadãos que representam e servem outros cidadãos, não menos importantes, mas todos sujeitos de uma mesma história, tendo como cerne a pessoa e sua capacidade de desenvolvimento e de prestar com excelência suas atribuições públicas, contribuindo para a humanização do serviço público.

Nesse mister, não cabe excessos demagógicos, a custa de promoções pessoais de agentes públicos transitórios, que poderiam, a uma análise superficial, inflar a máquina administrativa com gastos com pessoal não condizentes com os parâmetros estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, ou visando unicamente traçar políticas públicas valorativas da atividade funcional e deixar ao largo as tão carentes áreas da Administração, carecendo  de suporte financeiro à manutenção da Polis, pois o emaranhado administrativo é caudaloso, com múltiplas facetas que a um primeiro olhar, apesar da pequenez de nosso rincão, parecer inoperante algumas áreas ou setores da Administração.  A agricultura, a Saúde, a atividade burocrática da Máquina, os serviços auxiliares da Educação e suas despesas, a logística, o Desporto, o Meio Ambiente, o desenvolvimento Industrial e comercial, a Cultura e demais manifestações, todas elas demandam gastos da Administração, merecendo ser tratadas com a importância devida.

Mas não se pode perder o foco no sujeito, ator principal do Estado e seu cunho de mantenedor das atividades sociais. As pessoas que fazem a Administração Pública são o maior patrimônio de qualquer Gestão, e uma gestão de pessoal que saiba delegar, atribuir funções e cobrar resultados não fica desprendida em tal mister se o contraponto for de igual monta condizente: a Política remuneratória. Das ciências econômicas trazemos emprestado o jargão: “A economia tem como objeto aliar as possibilidades às necessidades”. Os recursos são sempre limitados, e as necessidades humanas, praticamente infinitas. Não temos tudo que queremos, por isso racionalizar é indispensável. Se assim não o fosse, o homem não se daria ao trabalho de fazer cálculos, as ciências exatas não teriam razão de existir.

Excelência, essa contribuição se presta a alargar o debate quando à temática dos servidores, não se prestando a esgotar os argumentos nem pretendendo trazer verdades absolutas ou imposição de opinião, até porque, friza-se, os estudos da Comissão e dos atores do Executivo, que empreenderam meses de trabalho, o norte de um Plano de Cargos vem de encontro aos melhores que podemos encontrar. Entretanto, como a vida, o conhecimento é uma alavanca mestra na evolução do pensamento e,  como dizia o pensador Grego “Penso, Logo Existo”, o intuito é que minha contribuição seja apresentada, no sentido de dilatar as possibilidades, sempre em busca de um serviço público em ampla expansão e com a qualidade que nossa população requer de todos nós, servos da vontade popular e sufragado nas últimas plenárias das urnas, que nos legitimam para a tomada de decisões.

Sou servidor Público assim como sua Excelência, e não pretendemos extinguir interesses classistas, pois seria contraditório não querer o desenvolvimento de uma categoria tão sofrida ao longo desses anos, pois devemos olhar, ainda que secundariamente, com olhos de servidor público, não de Prefeito e Vereador, respectivamente.

Há ressaltar, uma insatisfação recorrente do funcionalismo, fruto de atribuições de pessoas que não estão preocupadas com o seu futuro funcional, mas em denegrir os gestores atuais, de que melhor seria tais projetos não fossem aprovados, trazendo às custas dos parlamentares o ônus político deste, oriundos da desinformação e da politização do debate, principalmente quanto à política de vencimentos praticada pelos projetos apresentados ao Legislativo. Sabemos que as categorias funcionais faziam um juízo de que, ao primeiro dia de janeiro do ano vindouro, seriam subitamente agraciados com vultosos aumentos, talvez construtor desse ambiente de insatisfação e de incertezas.

Certamente, os parlamentares dessa cidade não pretendem encampar o discurso corriqueiro de que o desgaste pelo insucesso da empreitada funcional ora iniciada recaia no Executivo, que, sabemos tem a melhor pretensão junto aos servidores Municipais, mas não querem ser o “Pilatos” aos olhos dos interessados, motivo maior do objeto do presente estudo.

Cordiais cumprimentos e na certeza de trazer aos amigos do Executivo um contraponto sadio,


                                                                                                                     Marcelo Carreiro.








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